Avanços tecnológicos da Medicina que mudaram o mundo

Os avanços tecnológicos na medicina mais importantes da história
29 nov, 2022 | Tecnologia

Tratar doenças e enfermidades é uma das tarefas mais complexas da humanidade. A busca pela longevidade movimentou esforços de vários setores da sociedade e mentes brilhantes ao longo da História. Com isso, o campo da Medicina é marcado por alguns dos mais importantes avanços tecnológicos, salvando milhões de vidas a cada nova grande descoberta.

Preparamos uma lista, em ordem cronológica, com alguns dos principais avanços tecnológicos da Medicina, que causaram profundas revoluções na ciência e no mundo.

6 exemplos de inovações tecnológicas

1- Vacinas (1796)

O estudo e a prática da vacinação foi bastante controverso, ao longo da História da Medicina. Para muitos, o marco da invenção das vacinas se deu em 1796, quando Edward Jenner fez uma tentativa de usar inoculações para combater o vírus da varíola. Graças a isso, em 200 anos, uma das doenças mais mortais da humanidade foi erradicada. Até hoje, muitas vacinas funcionam da mesma maneira.

Depois disso, a utilidade e a popularidade das vacinas cresceram muito rapidamente. Ao longo de 1800 e início de 1900, várias vacinas foram criadas para combater algumas das doenças mais mortais do mundo, incluindo raiva, tuberculose e cólera e muitas doenças virais. 

Recentemente, uma nova tecnologia de vacinação, chamada mRNA, surgiu e criou possibilidades revolucionárias para o futuro da saúde. Sua alta eficácia, capacidade de desenvolvimento rápido e potencial de baixos custos de produção ficaram evidentes durante a pandemia de Covid-19: duas vacinas de mRNA separadas foram desenvolvidas e aprovadas para uso em questão de meses.

2- Anestesia (1846)

Antes do surgimento da anestesia geral, em meados do século 19, a cirurgia era realizada apenas como último recurso, com vários pacientes optando pela morte em vez de suportar a provação excruciante.

Embora houvesse inúmeros experimentos anteriores com anestésicos, datados de até 4000 aC, William T. G. Morton revolucionou a ciência médica quando usou com sucesso o éter como anestésico durante uma cirurgia, em 1846.

Logo depois, uma substância de ação mais rápida, chamada clorofórmio, tornou-se amplamente utilizada, mas foi considerada de alto risco depois que várias mortes foram relatadas. Desde 1800, anestésicos mais seguros foram desenvolvidos, permitindo a realização de milhões de operações indolores e salvando vidas.

3- Teoria dos Germes (1861)

Antes do surgimento da “teoria dos germes”, a teoria amplamente aceita era a de que doenças eram causadas por “geração espontânea”. Em outras palavras, os médicos da época pensavam que uma doença poderia aparecer do nada, em vez de ser transmitida pelo ar ou transferida por contato pele a pele.

Em 1861, o microbiologista francês Louis Pasteur provou, através de um experimento simples, que uma doença infecciosa era o resultado de uma invasão de organismos microscópicos específicos – também conhecidos como patógenos – em hospedeiros vivos.

Esse novo entendimento revolucionou a forma como as doenças eram tratadas, controladas e prevenidas, ajudando a prevenir epidemias devastadoras, que eram responsáveis ​​por milhares de mortes todos os anos, como a peste, a disenteria e a febre tifoide.

4- Diagnóstico por imagem (1895-1973)

As primeiras máquinas de diagnóstico por imagem foram os raios X, uma forma de radiação eletromagnética. O raio X foi descoberto ao acaso, em 1895, pelo físico alemão Wilhelm Conrad Rӧntgen, ao experimentar correntes elétricas através de tubos de raios catódicos de vidro.

O ultrassom começou a ser usado para diagnóstico médico em 1955. Este dispositivo usa ondas sonoras de alta frequência para criar uma imagem digital e foi muito inovador em termos de detecção de condições pré-natais e outras anormalidades pélvicas e abdominais.

Em 1967, foi criado o tomógrafo computadorizado (TC), que utiliza detectores de raios X e computadores para diagnosticar diversos tipos de doenças, tornando-se uma ferramenta diagnóstica fundamental na medicina moderna. Outra tecnologia inovadora de imagem médica foi descoberta em 1973, quando Paul Lauterbur produziu a primeira imagem de ressonância magnética (MRI).

5- Transplantes de órgãos (1954)

Em dezembro de 1954, o primeiro transplante de rim bem sucedido foi realizado pelo Dr. Joseph Murray e Dr. David Hume, em Boston, EUA. Apesar de muitas tentativas anteriores, essa foi a primeira vez em que o receptor de um transplante de órgão sobreviveu à operação.

A virada veio quando várias questões técnicas foram superadas, como anastomose vascular (a conexão entre dois vasos sanguíneos), colocação do rim e resposta imune. Em 1963, foi realizado o primeiro transplante de pulmão; seguido de pâncreas/rim em 1966; fígado e coração em 1967.

Além de salvar milhares de vidas nos anos seguintes, os procedimentos de transplante também se tornaram cada vez mais inovadores e complexos, com médicos completando com sucesso o primeiro transplante de mão em 1998 e até transplante total de face em 2010.

6- As novas tecnologias na Medicina

No século XXI, a inteligência artificial já produziu tecnologias impressionantes, que alteraram significativamente a Medicina. Empresas da área da saúde e instituições de pesquisa estão se unindo a gigantes tecnológicas, como Google, IBM e Apple, para inventar maneiras mais inteligentes e rápidas de lidar com doenças.

Essas tecnologias inovadoras vão desde ferramentas de diagnóstico que podem detectar tumores malignos, invisíveis a olho nu, a sistemas de computação cognitiva que produzem planos de tratamento personalizados para pacientes com câncer.

O potencial da inteligência artificial na detecção, diagnóstico e tratamento de doenças está se desdobrando rapidamente diante de nós, dando forma ao futuro que nos espera.

Internet das Coisas: O que é e 10 Exemplos na Prática

exemplo de internet das coisas
21 nov, 2022 | Tecnologia

A Internet das Coisas, do Inglês Internet of Things (IoT), é uma tecnologia que permite a integração de vários dispositivos em uma rede de transmissão de dados e informações. Com isso, trazemos objetos de uso cotidiano para o universo digital, facilitando nossas vidas.

Apesar de cada vez mais presente em nossas vidas, esse conceito ainda não está claro para muita gente. Acompanhe nosso artigo para aprender mais sobre o assunto e conhecer 10 exemplos de IoT na prática.

O que é a Internet das Coisas

Como já dito, a IoT é um conjunto de tecnologias para promover a integração e a comunicação de objetos e dispositivos. Ela surgiu por volta da década de 80, mas só foi oficialmente reconhecida em 1999.

Em uma de suas primeiras aplicações, estudantes de Ciências da Computação da Carnegie Melon University conectaram uma máquina de refrigerantes à internet. A programação permitia que a máquina informasse a disponibilidade e a temperatura dos produtos.

Com o tempo, essa tecnologia foi se aprimorando a partir de outras que iam surgindo e complementando-a. A seguir, damos exemplos práticos de sua aplicação.

10 exemplos de Internet das Coisas

1 – Sensores

A tecnologia IoT possibilita conectar sensores para medir uma série de dados coletados, como quantidade de monóxido de carbono; temperatura; umidade; pressão; vibração e movimento.

O que diferencia os sensores IoT dos sensores simples é que eles podem não apenas coletar dados em diferentes ambientes físicos, mas também enviá-los para os dispositivos conectados.

2 – Casas automatizadas

Casas inteligentes ou sistemas de automação residencial baseados em IoT estão se popularizando. Em uma casa inteligente, aparelhos eletrônicos de consumo (como luzes, ventiladores, condicionadores de ar etc.) podem ser conectados uns aos outros via internet.

Essa interconexão permite ao usuário operar esses dispositivos à distância. Uma casa inteligente é capaz de controle de iluminação, gerenciamento de energia, expansão e acesso remoto.

3 – Análise de dados

Essa aplicação é cada vez mais comum nos negócios. Com ela, é possível determinar tendências e padrões analisando conjuntos de dados pequenos ou grandes (small data e big data). 

Os aplicativos de análise de dados de IoT podem analisar dados estruturados, não estruturados e semiestruturados para gerar insights significativos.

4 – Rastreamento e monitoramento

Muitas empresas estão usando sistemas IoT para rastreamento de ativos. Os dispositivos de rastreamento IoT usam GPS ou radiofrequência (RF) para rastrear e monitorar propriedades.

Dispositivos inteligentes podem ser usados ​​para identificação e verificação de ativos a uma longa distância.

5 – Gerenciamento de desastres naturais

Vamos pegar o caso de incêndios florestais. Imagine uma reserva natural toda monitorada por sensores IoT. Assim, é possível monitorar a temperatura, níveis de carbono e outros indicadores importantes para prever e gerenciar possíveis incêndios.

Relatórios detalhados poderiam ser enviados regularmente a uma cabine de controle. Em caso de incêndio, brigadas de combate seriam acionadas por um alarme automático.

6 – Agricultura

Aplicativos agrícolas inteligentes otimizam muitas atividades, como determinar o melhor momento para a colheita, criar perfis de fertilizantes com base na química do solo e detectar nutrientes e níveis de umidade.

Assim, os agricultores são capazes de monitorar a saúde do solo e automatizar processos, garantindo eficiência e minimizando perdas.

7 – Automatização industrial

A automatização industrial por meio de IoT produz relatórios de dados de métricas importantes, incluindo eficiência do equipamento e dados de telemetria.

Esses dados podem ser coletados de ativos localizados em diferentes localizações geográficas. Assim, é possível conectar, monitorar e controlar dispositivos industriais de maneira remota.

Uma indústria equipada com IoT eleva sua velocidade de produção e mantém um padrão de qualidade uniforme em todo o processo produtivo. Também ajuda a tornar o local de trabalho mais eficiente e seguro, reduzindo erros humanos.

8 – Carros inteligentes

Com a IoT, carros podem se conectar a outros veículos e ao ambiente ao seu redor, a fim de trocar informações como velocidade, localização, rotas etc. Isso permite que dispositivos internos indiquem o melhor caminho e a necessidade de manutenção, por exemplo.

Basicamente, existem dois tipos de comunicação para veículos inteligentes, a de Veículo para Infraestrutura (V2I) e a de Veículo para Veículo (V2V). 

A comunicação V2I permite que os veículos estabeleçam a melhor rota e encontrem vagas de estacionamento. A V2V é fundamental para veículos automáticos e semiautomáticos, pois permite que veículos conectados evitem colisões.

9 – Sistemas de saúde

A IoT aplicada na área da saúde ajuda no monitoramento e suporte de dados vitais, ajudando na tomada de decisões clínicas. Com os dispositivos médicos IoT, esses serviços podem se tornar mais acessíveis à população.

Os dispositivos médicos IoT permitem o monitoramento em tempo real dos pacientes, de forma remota. Eles podem relatar emergências, como um ataque de asma, insuficiência cardíaca etc., imediatamente a um médico, salvando as vidas de muitas pessoas.

10 – Sistemas de segurança biométricos

Segurança avançada, comunicação de dados e intervenção humana minimizada são alguns dos recursos da IoT utilizados neste setor. A tecnologia biométrica faz uso de reconhecimento de impressão digital, voz, olhos e rosto.

Os dispositivos usados ​​em sistemas de segurança biométrica são interligados entre si e possuem a capacidade de escoar os dados após cada uso no computador principal. Assim, os dados ficam salvos para uso posterior.

Podemos perceber que, mesmo não conhecendo o termo, é uma tecnologia que está presente em diferentes áreas todos os dias da nossa vida. Estamos ansiosos para acompanhar a evolução da IoT e comunicar à vocês, em primeira mão, sobre as novidades. Acompanhe nosso blog e se mantenha sempre atualizado.

Como a Corrida Espacial deu um Salto na Tecnologia

a corrida espacial
18 nov, 2022 | Tecnologia

Para muita gente, a corrida espacial nada mais foi que a ostentação e demonstração de poder. Em parte, elas têm razão de pensar assim. Esse evento se consolidou em plena Guerra Fria, quando os EUA e a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) travaram uma batalha ideológica pelo mundo.

No entanto, o que muita gente não sabe é que várias das tecnologias que usamos no cotidiano foram fruto dessa corrida. Nesse post, vamos falar sobre as contribuições tecnológicas da corrida espacial.

A corrida espacial e a Guerra Fria

Com a derrota da Alemanha nazista e demais países do Eixo, o mundo entraria em uma nova fase, que ficou conhecida como “Guerra Fria”. Isso porque as potências vencedoras não tinham qualquer condição de continuar um conflito armado, mas não queriam abrir mão de consolidar sua hegemonia.

Assim, instaurou-se uma guerra ideológica, de demonstrações de poder político, econômico, militar e, claro, tecnológico. É nesse contexto que se inicia a corrida espacial, que se estendeu entre as décadas de 50 e 70.

O primeiro passo seria lançar objetos não tripulados pela órbita espacial. Os EUA começaram seus projetos em 1954, mas a URSS levou a melhor, lançando a Sputnik já em 1957 – o primeiro lançamento bem sucedido da NASA viria só em 1958.

Em abril de 1961, o cosmonauta soviético Yuri Gagarin se tornou o primeiro humano a orbitar o espaço. Um mês depois, o americano Alan Shepard se tornaria o segundo a alcançar o feito.

Entre altos e baixos, como os fracassos de Apolo 1 (EUA) e Soyuz 1 (URSS), Neil Armstrong se tornaria o primeiro humano a pisar a lua, em 1969. O fim da corrida foi marcado por ações conjuntas entre as duas superpotências na metade final da década de 70.

Legado tecnológico da corrida espacial

Imaginar humanos sobrevivendo no espaço sideral parece loucura. Criar um ambiente que possa sustentar a vida humana na quase total ausência de gravidade, bem como sem tomadas elétricas ou oxigênio, exige muita experimentação.

Não à toa, a corrida espacial deixou um legado tecnológico incalculável. A seguir, veremos algumas das principais invenções que ela trouxe para nosso cotidiano.

Espuma de memória (memory foam)

Quem aqui não conhece os tais “travesseiros da NASA”? A espuma de memória foi originalmente inventada como uma almofada para assentos de astronautas.

Elas precisavam se moldar aos seus corpos durante as altas forças de decolagem e aterrissagem, e depois retornar a um estado neutro. Isso eliminou a necessidade de personalizar os assentos de acordo com o tamanho do corpo dos astronautas, que sofria alterações a cada missão.

Equipamentos de ergometria

Exposição à gravidade 0 leva a atrofia muscular e perda de massa óssea. Por isso, equipamentos especiais foram desenvolvidos para que os tripulantes mantivessem sua forma física.

Papinha de nenê

Em busca de um agente de reciclagem para usar durante longas missões espaciais, cientistas da NASA inventaram um óleo vegetal nutritivo à base de algas.

Esse óleo passou a incorporar várias fórmulas de nutrição infantil.

Aparelhos sem fio

Imagine ir procurar por amostras de solo e rochas espaciais e perceber que não tem nenhuma tomada para ligar sua furadeira?

A fim de evitar esse problema, a NASA desenvolveu uma furadeira com motor magnético de vida útil da bateria maximizada.

Os aspiradores de pó portáteis também foram uma invenção espacial, usados inicialmente para coletar amostras de solo e rochas especiais.

Câmeras de smartphone

Na década de 1990, o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA inventou um sistema de imagem leve e em miniatura que exigia pouca energia para tirar fotografias de alta qualidade do espaço.

Hoje, é o padrão em câmeras de celulares e computadores.

Ressonância magnética e tomografia

A tecnologia de sinal digital da NASA, originalmente usada para recriar imagens da lua durante as missões Apollo, tornou possíveis as tomografias e ressonâncias magnéticas.

Ela foi desenvolvida para identificar imperfeições em estruturas e componentes aeroespaciais, sendo lançada publicamente em 1993.

Mouse de computador

Pode parecer algo demasiado simples, mas foi extremamente revolucionário quando surgiu. Cientistas de Stanford buscavam uma forma de deixar mais interativo e intuitivo o uso de computadores.

Lentes resistentes a arranhões

Os ambientes espaciais contêm sujeira e partículas que podem danificar as viseiras dos capacetes dos astronautas, por isso a NASA desenvolveu um processo para criar lentes resistentes a arranhões.

A indústria ótica rapidamente aproveitou para fazer óculos dez vezes mais resistentes a arranhões do que antes.

Aparelhos dentais invisíveis

Depois que a NASA e a Ceradyne inventaram um material transparente que poderia proteger equipamentos de radar sem bloquear o sinal do radar, a Unitek Corporation/3M se uniu à Ceradyne, usando o material para inventar aparelhos invisíveis.

Filtros de água

Peso e espaço são recursos escassos em missões espaciais. Portanto, é impossível ficar transportando galões de água. Isso quer dizer que, eventualmente, a única fonte de água dos astronautas vem da água que já consumiram. Logo, um bom filtro é indispensável.

Além dessas, ainda existem muitas outras tecnologias que nos foram legadas pela corrida espacial. Consegue lembrar mais alguma? Mande uma mensagem na nossa DM no Instagram e peça pra gente te contar mais!

Conheça as 5 cidades mais inteligentes do Brasil

Cidades inteligentes no Brasil
14 nov, 2022 | Tecnologia

Em outra publicação, falamos sobre o que caracteriza uma cidade inteligente. Em resumo, são cidades que otimizam seus recursos e estruturas, de forma a garantir benefícios econômicos, sociais e na qualidade de vida.

No Brasil, já existem cidades assim, com reconhecimento da comunidade internacional. Na publicação de hoje, você vai conhecer as cinco cidades mais inteligentes do país.

Critérios de uma cidade inteligente

Primeiro, é preciso entender que os critérios considerados para avaliar a inteligência de uma cidade podem variar de acordo com a fonte e o conceito adotado. Aqui, estamos considerando os critérios e conceitos utilizados no último Ranking Connected Smart Cities (CSC) 2022.

Idealizado por uma parceria entre Necta e Urban Systems, sua avaliação é feita com base em 75 indicadores, divididos em 11 eixos temáticos, quais são:

  • Urbanismo
  • Economia
  • Educação
  • Empreendedorismo
  • Energia
  • Governança
  • Mobilidade
  • Segurança
  • Meio ambiente
  • Tecnologia e Inovação
  • Saúde

Foram avaliadas cidades com mais de 50 mil habitantes no Brasil, conforme dados do IBGE, totalizando 680 cidades avaliadas. O estudo completo pode ser acessado na íntegra no website da pesquisa, no link acima.

A seguir, vamos conhecer as mais bem posicionadas

Campinas – SP

Na quinta colocação, está a cidade de Campinas, no estado de São Paulo. No ranking de 2021, a cidade aparecia na oitava posição, subindo 3 degraus na escala.

Foi a 4ª cidade mais bem colocada de seu porte (mais de 500 mil) e 3ª na região Sudeste, alcançando uma nota de 35,778 no CSC. Ela se destacou nos eixos Tecnologia e Inovação (5º lugar), Empreendedorismo (6º lugar), Educação (5º lugar) e Economia (3º lugar).

São Caetano do Sul – SP

Ocupando a quarta colocação, está São Caetano do Sul, também do estado de São Paulo. Em 2021, a cidade ocupava a 6ª posição. Assim, juntamente com Campinas, desbancou as cidades de Brasília (DF) e Vitória (ES), que ocupavam o quarto e o quinto lugar em 2021.

Nessa última edição, São Caetano do Sul foi a melhor cidade de seu porte (100 a 500 mil habitantes) e a segunda melhor da região Sudeste.

Além de ótimos desempenhos em Governança (4º lugar) e Economia (9º lugar), a cidade foi destaque nos eixos Segurança e Educação, alcançando o primeiro lugar em ambos. Assim, obteve pontuação final de 36,365.

São Paulo – SP

Fechando a participação do estado de São Paulo entre as cinco melhores, vem a capital. Apesar de ainda estar bem posicionada, a megalópole caiu duas posições, em relação à edição do ano passado.

Mesmo tendo caído posições, ela continua a cidade mais bem posicionada do Sudeste, com nota 36,877. Destacou-se principalmente nos eixos de Mobilidade e Economia, ocupando o primeiro lugar em ambas categorias.

A presença de ciclovias estruturadas e semáforos inteligentes foram cruciais para esses resultados. Além disso, a capital paulista é também referência por oferecer vários serviços digitalizados, como o cadastro imobiliário, e por políticas públicas que permitem acesso a água e cobertura 4G para toda a população.

Florianópolis – SC

Floripa chega trazendo a região Sul para o pódio, ocupando a segunda colocação. Ela se manteve no mesmo patamar do ano passado e alcançou a nota de 37,925. Também ocupa a segunda colocação de seu porte e de sua região.

Mesmo não alcançando o primeiro lugar em nenhum eixo, sua boa colocação se deve ao fato de estar entre as 10 primeiras em vários eixos: Mobilidade (4º lugar), Tecnologia e Inovação (6º lugar), Saúde (6º lugar), Empreendedorismo (2º lugar), Segurança (3º lugar) e Economia (10º lugar).

Curitiba – PR

Por fim, o primeiro lugar ficou com a capital paranaense, que, consequentemente, foi também a primeira da região Sul e de cidades com porte acima de 500 mil habitantes.

Curitiba demonstrou uma performance excepcional, ficando entre as 10 primeiras em cinco eixos: Meio Ambiente (8º lugar), Governança (9º lugar), Tecnologia e Inovação (2º lugar), Empreendedorismo (1º lugar) e Urbanismo (3º lugar).

Vale destacar também seus resultados nas áreas de Saúde (11º lugar) e Mobilidade (13º lugar). Em nenhum eixo ficou abaixo da 40ª colocação. Sua nota ficou em 38,571.

São José dos Campos – SP

Apesar de não estar entre as cinco primeiras, aparecendo apenas na posição 31 do Ranking CSC, São José dos Campos merece menção honrosa em nossa lista.

Isso porque, em 16 de março deste ano, ela foi a primeira cidade brasileira a receber o título de “Cidade Inteligente” pela ABNT, a partir de critérios estabelecidos pelas normas internacionais NBR ISO (37120, 37122 e 37123).

Vale ressaltar que apenas 79 cidades no mundo têm esse reconhecimento. Ao todo, são considerados 276 indicadores dentro das três normas, englobando serviços urbanos, qualidade de vida e sustentabilidade.

Como país, ainda temos muito o que caminhar nessa direção, mas os primeiros passos já estão dados.

Machine Learning: O que é e Como Afeta Nossa Vida

o que é machine learning
11 nov, 2022 | Tecnologia

Muita gente anda chamando o ano de 2022 como “o ano da tecnologia”. E não é para menos: temas como Inteligência Artificial, metaverso, aprendizado de máquinas e afins têm ganhado muito espaço no cotidiano e na mídia.

Mesmo assim, a maioria ainda não está familiarizada com esses termos e acaba confundindo-os.

Por isso, hoje vamos falar sobre Machine Learning, sua definição e a importância para nosso cotidiano.

O que é Machine Learning: definição e como funciona

Machine Learning (ML) é um ramo da Inteligência Artificial (IA) e da ciência computacional focado em imitar o aprendizado humano a partir do uso de dados e algoritmos. Com isso, as máquinas ganham autonomia e aumentam sua precisão e eficácia.

O ML, ou aprendizado de máquinas, está presente em várias coisas do nosso cotidiano, como nas recomendações dos serviços de streaming ou dos mecanismos de busca da internet.

A partir de métodos estatísticos, os algoritmos são treinados para fazer classificações, predições, descobrir padrões e gerar insights valiosos em projetos de mineração de dados.

Com ele, somos capazes de trabalhar com uma quantidade sobre-humana de dados e variáveis, de forma a guiar melhor nossa tomada de decisão e, assim, otimizar os resultados em tarefas diversas.

O aprendizado de máquinas se divide em quatro tipos, que serão abordados nos próximos tópicos.

Aprendizagem supervisionada

É o tipo mais comum. O algoritmo é alimentado a partir de um conjunto de dados conhecido, junto com as entradas (inputs) e saídas (outputs) esperadas. A partir disso, a máquina precisa descobrir uma forma de chegar a esses resultados.

A máquina, então, procura por padrões, faz previsões e aprende por observação, guiada pelo seu operador, o qual já conhece a solução do problema. Pelos resultados entregues, o operador pode definir correções e melhorias, repetindo o processo até que a máquina chegue a um alto nível de precisão e performance.

Por sua vez, existem três tipos de aprendizagem supervisionada:

  1. Classificação: o programa aprende a identificar determinados padrões, a fim de classificar elementos em observações futuras. Um exemplo são os programas de classificação de e-mail em “spam” ou “não spam”.
  2. Regressão: o programa deve estimar e compreender a relação entre diversas variáveis, a partir de uma variável dependente e um conjunto de variáveis substituíveis. Pode ser muito útil em processos de previsão de resultados.
  3. Predição: muito comum em análises de tendências, o programa estuda uma série de variáveis do passado e do presente, identificando relações para prever resultados futuros.

Aprendizagem semi-supervisionada

Esse tipo é semelhante ao aprendizado supervisionado, porém usa dados rotulados junto com não rotulados.

Basicamente, dados rotulados são informações que possuem tags significativas para que o algoritmo possa entender os dados, enquanto os dados não rotulados não possuem essa informação.

Ao usar esta combinação, os algoritmos de aprendizado de máquina podem aprender a rotular dados não rotulados.

Aprendizagem não supervisionada

Nesse caso, a máquina trabalha com o conjunto de dados de modo a identificar padrões neles, sem a supervisão de um operador ou uma resposta dada previamente.

Em vez disso, ela se ocupa em determinar relações e correlações entre os dados analisados. Nesse processo, o algoritmo trabalha com um grande volume de dados a fim de organizá-los.

Com quanto mais informações a máquina é alimentada, mais refinados serão seus resultados. A organização desses dados pode se dar por clusterização ou redução de dimensionalidade.

A clusterização é o ato de organizar os dados em grupos, a partir de critérios estabelecidos. É uma boa forma de categorizar e identificar padrões entre os diferentes conjuntos.

A redução de dimensionalidade consiste em reduzir o número de variáveis consideradas para chegar à informação desejada.

Aprendizagem por reforço

O aprendizado por reforço se concentra em processos de aprendizado regimentados, em que um algoritmo é alimentado com um conjunto de ações, parâmetros e valores finais.

Ao definir as regras, ele tenta explorar diferentes opções e possibilidades, monitorando e avaliando cada resultado para determinar qual é o ideal.

O aprendizado por reforço ensina a máquina por tentativa e erro. Ela aprende com as experiências passadas e começa a adaptar sua abordagem em resposta à situação para alcançar o melhor resultado possível.

O Machine Learning em nosso cotidiano

Hoje em dia, o ML está presente em diversos aspectos de nossa vida. Além de exemplos já citados, como a classificação de e-mails em “spam” ou “não spam”, vale destacar seu papel nas redes sociais.

Ao utilizarmos uma rede social, um conjunto de algoritmos atua para indicar conteúdos relevantes e personalizados. Isso também ocorre com mecanismos de busca, como o Bing, ou indicações em plataformas de streaming.

O Machine Learning também permite a atuação de carros autônomos, como os do Google Street View. Assim, o ML também é fundamental para o desenvolvimento de cidades inteligentes e para a consolidação de um mundo ainda mais conectado.

Portanto, podemos ver que diversas áreas de atuação se beneficiam da aplicação do ML, que já vem sendo implementado, testado e evoluído. Aos poucos, veremos maiores aplicações no nosso cotidiano, até que esse termo se torne natural e familiar em nossas vidas. 

22@Barcelona: a inovação como distrito

09 nov, 2022 | Notícia, Tecnologia

“Distritos de inovação são áreas geograficamente compactas dentro de cidades que contemplam o uso integrado de moradia, trabalho e lazer.” (Fonte: Attract and connect: The 22@ Barcelona innovation district and the internationalisation of Barcelona business. Tradução livre)

No dia a dia do distrito, os funcionários moram perto do trabalho e não precisam se deslocar muito para encontrar lazer, serviços e facilidades. Neste contexto, o 22@Barcelona é um projeto da prefeitura de Barcelona que foi concebido para funcionar como um distrito de inovação.

Quer saber mais sobre esse ótimo exemplo de um sistema de cidade inteligente? Então continue conosco!

O renascimento de Barcelona

O distrito fica localizado no Bairro de Poblenou, região histórica de Barcelona. Muito rica no século 19, concentrava as grandes indústrias de tecelagens de algodão da época. Com a virada do século, as indústrias de algodão foram sendo substituídas pelo setor de energia e da imprensa, até a década de 80 quando a região já estava abandonada, deteriorada, perigosa e concentrando um pequeno número de empregos comparado ao restante da cidade.

E o que torna Barcelona particularmente interessante, é justamente como ela se reinventou nos últimos 30 anos. Com todos esses desafios, a Câmara Municipal de Barcelona decidiu então que a única maneira de avançar era transformar a economia e o perfil social da cidade e promover uma nova economia baseada em indústrias do conhecimento, turismo de cidade moderna e infraestrutura de qualidade para moradores, investidores e visitantes.

Como resultado, a tecnologia tornou-se uma ferramenta essencial para tornar Barcelona mais inclusiva, produtiva, autossuficiente, inovadora e orientada para a comunidade.

Podemos notar que a mudança desta situação se iniciou com a revitalização da parte litorânea do bairro para as olimpíadas de 1992. A partir disso um novo projeto, muito bem elaborado e contemplando um espaço de 200 hectares foi iniciado e nomeado 22@Barcelona.

O projeto é dividido em 4 clusters para aproximar as empresas de cada setor, e são eles: Biomedicina, Tecnologia da Informação e Comunicação, Energia e Mídia Digital.

A estratégia de uma Smart City

Em 2013, tendo percebido a importância de uma estratégia explícita de cidade inteligente, a Câmara Municipal começou a trabalhar em uma, para se tornar a primeira cidade verdadeiramente inteligente da Espanha. No processo, eles também formularam a seguinte definição de cidade inteligente: “uma cidade autossuficiente de bairros produtivos à velocidade humana, dentro de uma área metropolitana hiper conectada de zero emissões”. (fonte: Ajuntament de Barcelona)

Assim, Barcelona visava usar novas tecnologias e infraestrutura para promover o crescimento econômico e garantir uma maior qualidade de vida para seus cidadãos.

Vários stakeholders locais e regionais, como empresas e universidades, estiveram envolvidos na definição e implementação desta estratégia. Em uma nota reflexiva, pode-se dizer que a colaboração com outras administrações públicas e parcerias público privadas se mostrou altamente eficaz.

No caso da marca de cidade inteligente de Barcelona, ​​o Governo Autônomo da Catalunha também apoiou muitas iniciativas quando se tratava de projetos mais amplos que incluíam outras áreas da região. A cooperação com outras cidades da Espanha, juntamente com o apoio da União Europeia, também foi importante.

O projeto

Hoje o 22@ é sede das maiores empresas de tecnologia do mundo. Sozinho, é responsável pela geração de 90.000 empregos, além de atrair jovens universitários a viverem profundamente essa região da cidade.

Toda a infraestrutura foi construída em uma parceria público privada, com investimento de mais de 200 milhões de euros. Apenas 10% deste montante foi de verbas do governo local, sendo um exemplo onde o Estado cria as condições e a iniciativa privada investe o capital. E este modelo de financiamento é um dos pilares do conceito de Smart City, como já foi abordado aqui.

Umas das maneiras de incentivar o desenvolvimento do espaço foi através de um plano urbanístico que permitiu a construção de prédios mais altos, e em troca, a prefeitura ficou com cerca de 30% do terreno do bairro. No espaço de posse do governo, foram construídas moradias sociais, zonas verdes e espaços para educação como hubs de inovação e universidades. Isso permitiu criar um ambiente propício à moradia que atraiu dez centros universitários instalados no bairro.

Empresas

Como vimos, um dos objetivos da criação de um distrito para inovação, é a proximidade e a interação entre as empresas e pessoas. Esta união provoca a criação de oportunidades de negócio e empreendimento.

Nesse sentido, temos exemplos de algumas das empresas de renome que se encontram dentro do distrito 22@ de Barcelona:

  • Mediapro
  • Thoughtworks España
  • Adevinta
  • Aenor
  • Amazon
  • Cisco Systems
  • T-Systems

Universidades e centros de formação no 22@

Outra das razões principais do distrito 22@ de Barcelona, foi criar conhecimento. Várias universidades e centros de estudo abriram sedes dentro desta zona ampla da cidade, como:

  • Universitat Pompeu Fabra (UPF)
  • Universitat de Barcelona – Institut de Formació Contínua (UB – IL3)
  • Centro de Diseño de Barcelona (BAU)
  • Estudis de Ciències de la Salut (UOC)
  • Escuela de Negocios Europea de Barcelona (ENEB)

Edifícios futuristas de Barcelona no distrito 22@

Além dos aspectos citados, a concepção do distrito veio marcada pela construção de edifícios futuristas. Esse planejamento urbanístico trouxe vários projetos arquitetônicos vanguardistas.

Dar uma caminhada pelas ruas nos permite adiantarmos alguns anos no futuro. Esses são alguns dos exemplos mais emblemáticos:

  • La Torre Glòries do arquiteto Jean Nouvel:
  • Barcelona Growth Centre do arquiteto Enric Ruiz Geli:
  • Comisión de Mercados de Telecomunicaciones de Batlle i Roig Arquitectes:
  • Remodelação da fábrica Can Framis do arquiteto Jordi Badia:
  • O edifício Imagina – Mediapro dos arquitetos Carles Ferrater, Patrick Genard e Xavier Martí:
  • O edifício Interface, também de Batlle i Roig Arquitectes:

Pontos de exemplo

Não poderíamos deixar de citar também, outros dois pontos de exemplo das características do distrito. São eles:

  • Barcelona Growth Centre

Na entrada do 22@ existe o Barcelona Growth Centre, porta de entrada do bairro, o epicentro do distrito. Ali, concentram-se todas as informações que o cidadão e as empresas precisam para abrir uma empresa ou contratar um talento. O espaço é um primeiro passo para tornar processos de formalização de empresas menos burocráticos e mais ágeis.

  • Cibernarium

No bairro existem capacitações na área de tecnologia desde o nível básico, como mandar um e-mail, até programas de qualificação para programação. O centro de educação, chamado de Cibernarium, já forma mais de 14 mil pessoas todos os anos.

Como acompanhamos, o distrito 22@Barcelona é um ótimo exemplo de como pode funcionar a parceria entre o governo e o setor privado na construção de um ecossistema inteligente. Uma Smart City como Barcelona é um exemplo a ser seguido e por isso, nós estaremos na Smart City Expo World Congress 2022, participando do que há de melhor em relação à discussão e novidades sobre o tema. Continue nos acompanhando e descubra tudo o que vem por aí!

O Impacto da Tecnologia na Educação Pós-pandemia

O impacto da tecnologia na educação pós-pandemia
07 nov, 2022 | Tecnologia

Em 2020, o novo coronavírus causou uma pandemia global. Desde então, foram necessários esforços globais e coletivos para amenizar a situação, desde políticas paliativas de contenção até o desenvolvimento recorde da vacina.

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) já sinalizou que estamos próximos de decretar o fim da pandemia. No Brasil, a rotina praticamente voltou a ser o que era antes. No entanto, começamos a sentir os efeitos da crise provocada pelo período, trazendo impactos sociais e econômicos negativos.

A educação foi um dos setores que mais sofreu impactos. De repente, estudantes de todos os níveis foram forçados a abandonar os estudos presenciais e abraçar modelos remotos e, eventualmente, híbridos. Felizmente, não colhemos apenas frutos ruins disso.

Com essa mudança abrupta, muitas tecnologias e recursos didáticos, outrora negligenciados, ganharam protagonismo.

O post de hoje trata dos impactos da tecnologia na educação pós-pandemia.

Tecnologia e educação na pandemia

De uma hora para outra, deixou de ser uma questão de escolha: ou as instituições e a sociedade adotariam soluções remotas, ou gerações inteiras ficariam educacionalmente desamparadas.

Nesse cenário, a tecnologia se mostrou uma poderosa aliada. Plataformas como YouTube, Hotmart, Coursera, dentre outras, permitiram que as pessoas continuassem aprendendo de forma assíncrona. Com aulas e cursos gravados, as pessoas poderiam aprender quando e onde quisessem, bastando apenas um dispositivo com acesso à internet.

Outras plataformas, como o Zoom e o Meet, permitiram que os professores ministrassem aulas síncronas, em que os alunos acompanham o conteúdo ao vivo, tirando suas dúvidas e compartilhando um ambiente virtual de aprendizado com seus colegas, tudo em tempo real.

Vale ressaltar que o Ensino a Distância (EAD) não é uma invenção nova, fruto das tecnologias digitais. A exemplo, temos o Instituto Brasil Universal, fundado em 1941, que se popularizou entre as décadas de 60 e 80, tornando-se o maior do gênero no país. Antes dele, o Jornal do Brasil oferecia cursos de datilografia por correspondência, ainda em 1904!

A contribuição das novas tecnologias se deu em questões de acesso, dinâmica de ensino, velocidade, alcance, dentre outros benefícios. Dessa maneira, pessoas de diferentes regiões e localidades têm acesso simultâneo a determinado conteúdo, independente da distância, ou mesmo de horário disponível, em caso de atividades assíncronas.

No entanto, cabe discutir sobre o acesso, abordado no próximo tópico.

Acessibilidade e inclusão no meio digital

Acessibilidade e inclusão no meio digital

Apesar de vivermos em um contexto de ampla produção e difusão tecnológica, muitas pessoas ainda possuem acesso limitado às novas tecnologias. Uma pesquisa do Instituto DataSenado constatou que quase 20 milhões de alunos não tiveram aulas na pandemia.

A pesquisa também apontou que cerca de 4% dos alunos da rede privada não tinham acesso à internet; na rede pública, o número salta para 26%. Além disso, 63% dos pais constataram que o rendimento de seus filhos foi afetado negativamente no contexto remoto.

Os resultados da pesquisa mostram que não estávamos preparados para esse cenário. Para piorar a situação, governos costumam reduzir investimentos no setor de educação em tempos de crise. Isso agrava ainda mais a desigualdade constatada, que podem trazer danos incalculáveis – e até irreparáveis, se nada for feito – no longo prazo.

Desafios e oportunidades no pós-pandemia

Em estudo publicado recentemente, a McKinsey tratou dos desafios e oportunidades para a Educação no pós-pandemia. Constatou-se que alunos, professores e instituições estão inclinados a manter as inovações adotadas, mas que há muito mais a se fazer.

O questionário aponta um aumento médio de 19% de tecnologias de aprendizado durante a pandemia. Tecnologias que permitem conectividade e construção de comunidades, como plataformas de discussão e grupos de estudo virtuais, tiveram o maior aumento no uso (49%), seguido por ferramentas de trabalho em grupo, que cresceram 29%.

As tecnologias de interação em sala de aula, como bate-papo em tempo real, enquetes e discussões em sala de reunião, eram as ferramentas mais usadas antes da pandemia e continuam sendo: 67% dos entrevistados disseram que atualmente usam essas ferramentas em sala de aula.

Algumas tecnologias, no entanto, ainda estão com uma adoção aquém do esperado. Ferramentas que permitem o monitoramento do progresso do aluno, de realidade virtual e aumentada (AR/VR), assistentes de ensino (TAs) com aprendizado de máquina, entrega de curso adaptável à IA e exercícios em sala de aula são usados ​​atualmente por menos da metade dos entrevistados.

Parte disso se deve a uma crença, muitas vezes infundada, de que a adoção dessas tecnologias traz um alto custo. Por isso, a adoção dessas tecnologias é mais presente em pequenas instituições públicas, pois conseguem definir estratégias de investimento mais direcionadas e eficientes que as grandes e médias.

Embora sejam grandes os desafios, também são as oportunidades. A digitalização da educação mal começou, mas os primeiros passos foram dados e tudo indica que estamos no caminho certo.

O que são Sistemas Inteligentes de Transportes?

Sistemas inteligentes de transportes
04 nov, 2022 | Tecnologia

Um Sistema Inteligente de Transporte (ITS) é um sistema de transporte desenvolvido a partir de tecnologias de detecção, análise, controle e comunicação, para melhorar sua segurança, mobilidade e eficiência.

A Internet das Coisas (IoT) e a inteligência artificial (IA) estão revolucionando os sistemas de transporte, seja em terra, água ou ar.

Essas tecnologias conectam veículos, semáforos, pedágios e outras estruturas para ajudar a aliviar congestionamentos, prevenir acidentes, reduzir a poluição e otimizar o transporte.

Nessa publicação, você aprenderá um pouco sobre os Sistemas Inteligentes de Transportes. Acompanhe para ver exemplos, benefícios e desafios para a adoção desses sistemas.

Exemplos de Sistemas Inteligentes de Transportes

A Revolução Industrial impulsionou fortemente a mobilidade mundial. Estradas, ferrovias, navegação a vapor e, eventualmente, transporte aéreo. Tudo isso surgiu e ganhou proporção do século XIX em diante.

Agora, chegou a vez das novas tecnologias darem o novo salto. Com elas, estabelecemos conexões entre veículos e infraestrutura (V2I) e entre veículos com outros veículos (V2V). Essa integração, em larga escala, gera ganhos em eficiência, praticidade, segurança, sustentabilidade e qualidade de vida.

Entre os exemplos mais comuns de ITS, podemos citar sistemas de gestão de frotas, gestão inteligente de tráfego; comunicação V2X; carregamento de veículos elétricos; cobrança eletrônica de portagens, dentre vários outros.

Benefícios dos Sistemas Inteligentes de Transportes

A tendência é que a adoção de ITSs aumente em aplicações como monitoramento de frotas, gerenciamento de pedágios, gerenciamento de passagens, preços de transporte, telemática e monitoramento de tráfego.

Os principais beneficiários das melhorias de segurança, da disponibilidade de informações e análises em tempo real são viajantes (passageiros ou motoristas), empresas e agências de transporte. Dados gerados pelos ITSs também aumentam a segurança interna de territórios.

Benefícios para o cidadão

Tanto no transporte particular quanto no transporte público, os usuários podem desfrutar de informações precisas antes, durante e depois da viagem. Dessa maneira, podem planejar melhor suas atividades e sua rotina. Um sistema integrado e inteligente também reduz o tempo das viagens, pois otimiza o tráfego como um todo.

O armazenamento e o compartilhamento de dados em um ITS aumenta a qualidade, traz mais transparência e maior confiabilidade ao serviço prestado. Além do mais, regiões com amplo acesso a transporte público aumentam o valor de seus imóveis, além de estimular a atividade econômica no local. Tudo isso gera um aumento na qualidade de vida dos cidadãos.

Benefícios para o grupo gestor

Gestores públicos ou privados de sistemas de transporte também são muito beneficiados pelos ITSs. Sistemas de ITS agregam valor ao processo de tomada de decisão, atuando diretamente em três frentes vitais:

  • Planejamento;
  • Otimização;
  • Fiscalização de operações

Assim, esses sistemas melhoram a performance e provêm dados estratégicos para contratar requerimentos das operadoras de ônibus. Também permitem maior visibilidade e governança, garantindo segurança e transparência.

Os ITSs também aumentam a receita dos grupos gestores, pois otimizam processos e reduzem custos operacionais. Por fim, ainda propiciam mais um canal de comunicação com seus clientes, melhorando o relacionamento.

Benefícios para os operadores

Como já dito, sistemas inteligentes de transporte aumentam a eficiência operacional. Isso porque o armazenamento e processamento de dados por IA e IoT ajudam a identificar possíveis falhas e encontrar lacunas onde apenas os olhos humanos não enxergariam.

Logo, operadores passam a ter à sua disposição informações precisas, que permitem melhorias no planejamento e otimização dos processos; aumento na rentabilidade da operação e na performance geral do sistema; redução nos custos de manutenção e operação.

O monitoramento preciso e automatizado também traz mais confiabilidade e segurança aos sistemas de transporte, benefício que se reflete também na segurança do trabalho para os operadores.

Benefícios para os motoristas

Sistemas inteligentes de transporte são capazes de monitorar o comportamento e as ações do motorista em atividade. Isso lhes permite ter mais consciência de seu desempenho, aprimorando seu desenvolvimento e sua formação profissional; além de trazer benefícios para toda a sociedade e melhorar a educação no trânsito.

Os ITSs proporcionam informação e comunicação em tempo real com o Centro de Controle de Operações. Isso ajuda a prevenir acidentes, ajustar rotas, evitar tráfego e muito mais, trazendo mais conforto e segurança para o motorista.

Benefícios para o meio ambiente

A adoção de tecnologias de ITS também traz contribuições significativas para a sustentabilidade e o meio ambiente. Ao maximizar a eficiência da operação, elas melhoram a oferta do serviço e trazem confiabilidade, frequência e regularidade aos serviços.

Um sistema de transporte coletivo mais eficiente propicia um aumento da demanda estimulada. Com isso, promove-se a redução de veículos individuais circulantes, o que traz, consequentemente, uma redução significativa de emissões poluentes na atmosfera.

Desafios para a adoção dos ITSs

Embora muito promissores, os ITSs ainda apresentam alguns obstáculos para sua adoção. Dentre os principais, podemos destacar o crescimento lento da infraestrutura global e os altos custos de instalação. 

Outro grande desafio é garantir a segurança da tecnologia altamente conectada. Os mesmos fatores que tornam os ITSs atraentes para os usuários os tornam vulneráveis a hackers e violações de dados.

Aguardamos a evolução destes tipos de sistemas para que, além dos desafios superados, a sociedade e o meio ambiente comece a desfrutar de tantos benefícios. Uma revolução tecnológica que está apenas começando!

Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC)

Tecnologias da Informação
22 set, 2022 | Tecnologia

A Terceira Revolução Industrial e Revolução Informacional trouxe várias novas tecnologias para o mundo, como é o caso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). 

As TICs podem ser definidas como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada e ampla. Suas ferramentas possuem o potencial de colaborar com diversos setores da sociedade.

As TICs podem ser usadas de formas variadas, como no processo de automação das indústrias, no gerenciamento do comércio, no setor de investimentos e na educação, dentro do processo de ensino aprendizagem.

Bom, ao longo desse artigo vamos te falar de uma forma mais detalhada o que são as Tecnologias da Informação e Comunicação, assim como suas aplicações e alguns exemplos. 

O que são as TICs?

As Tecnologias da Informação e Comunicação surgiram no Reino Unido, no fim da década de 1990, e foram sendo divulgadas pelo mundo, principalmente por conta da expansão da internet.

Ao longo do tempo, ela ganhou força e se transformou num conceito que está relacionado com todos os tipos de tecnologias que estejam sintonizadas com a informação e comunicação.

A TIC é uma referência ao processamento das informações, o que inclui software, hardware, tecnologias de comunicação, etc. É um setor em plena expansão, principalmente por conta dos aplicativos que prestam serviços em todos os setores.

Em resumo, a TIC está relacionada aos estudos das aplicações que transformam ferramentas, máquinas e aplicações em serviços úteis à sociedade por meio do conhecimento.

Importância das TICs

As TICs fazem parte da realidade e vão crescer muito nas tecnologias do futuro. Podemos perceber isso no dia a dia das corporações. Todas as empresas tiveram que digitalizar seus processos, seja na emissão das notas fiscais, na gestão, na elaboração de relatórios de produtividade etc. 

Os bancos fazem milhões de transações diárias, as lojas vendem produtos no e-commerce, os profissionais realizam treinamentos online. As TICs estão presentes em todos esses campos, sendo que a gente não percebe na maioria das vezes. 

E quando pensamos em aplicativos de celular? As pessoas pedem refeições, meios de transporte, recebem orientações médicas e até encontram um hotel para o pet por meio de cliques no smartphone. 

Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação

A Tecnologia da Informação e Comunicação está também dentro das escolas, e por isso é cada vez mais importante aprendermos a importância da tecnologia da informação e comunicação para a educação

O boom da era da informação e da tecnologia mudou o cenário da educação. Do ponto de vista de profissionais que atuam em instituições é possível que os educadores ampliem a relação ensino-aprendizagem, fazendo uso de recursos que diminuam as barreiras físicas e do tempo, indo além da sala de aula convencional.

Entram em cena os ambientes virtuais e sites colaborativos. É necessário se adequar a esta nova linguagem, para despertar mais interesse nos jovens, que já estão a todo tempo bombardeados de estímulos e informações. 

Um exemplo é a aula online, que permite aos alunos estarem em uma sala de aula sem ser presencialmente. A tecnologia permite que os alunos e os professores se reúnam em um ambiente online. 

Bom, aposto que você quer saber sobre as novas tecnologias da informação e comunicação, não é mesmo? Para conhecê-las, basta acessar o nosso artigo sobre o tema no blog da Tecno It

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