Quando o assunto é Inteligência Artificial (IA), todas as pessoas param para escutar. De acordo com o Google Trends, a pesquisa pelo termo no Google aumentou quatro vezes nos últimos cinco anos.
A Inteligência Artificial permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana, indo além da programação de ordens específicas para tomar decisões de forma autônoma, baseadas em padrões de bancos de dados.
Ela pode ser usada em todos os campos da sociedade, tanto na iniciativa privada quanto na iniciativa pública, em prol de uma comunidade mais avançada e com maior qualidade de vida.
Mas, como podemos definir a Inteligência Artificial de fato? Ao longo desse artigo, vamos te mostrar o que ela é, quais os tipos e como ela se aplica em várias áreas do conhecimento humano. Vamos lá?
A Inteligência Artificial é uma área na Ciência da Computação responsável por simular a inteligência e o comportamento humano usando máquinas. O objetivo da Inteligência Artificial é executar atividades humanas desde as mais simples até as mais complexas.
Por exemplo, você já ouviu falar de carros autônomos? São veículos que contam com um sistema de navegação que não depende do motorista para funcionar. Ou seja, ele se dirige sozinho. Isso é IA!
Além disso, quando estamos comprando em algum site e vemos produtos recomendados, ou até mesmo quando vemos alguns e-mails na caixa de spam, são exemplos claros de que a IA está entre nós, no dia a dia.
Quer outro exemplo prático? Os streamings que usamos diariamente, como a Netflix ou o Prime Vídeo. Até mesmo o Spotify, streaming de música, é um exemplo da AI no nosso dia a dia.
A base desses sistemas são os algoritmos, que conseguem coletar as informações de como nos comportamos nesses aplicativos, e vão personalizando eles à nossa maneira.
Isso porque, os algoritmos são a essência de qualquer sistema de inteligência artificial e são treinados ao serem alimentados com a maior quantidade de dados possível, como referências, para que possam aprender melhor.
Consequentemente, eles conseguem entender o que a maior parte do público gosta, e funcionam também como métrica para criação de conteúdo.
Tipos de inteligência artificial
1 – Inteligência Artificial Limita (ANI)
A Inteligência Artificial Limita (ANI), ou simplesmente IA fraca, é a inteligência com o foco em armazenar grande volume de dados e realizar tarefas complexas, de acordo com a programação.
Existem duas subcategorias de ANI:
- Máquinas reativas: estas não dispõem de tantos recursos. Não armazenam muitos dados e reagem apenas a alguns estímulos, segundo sua forma de configuração;
- Memória limitada: mais avançadas, estas armazenam mais dados e os usam para tomar decisões. Esta IA armazena os dados, baseada nas escolhas anteriores do usuário, e passa a oferecer conteúdos similares.
2 – Inteligência artificial geral (AGI)
A Inteligência Artificial Geral (AGI), ou simplesmente IA forte, ou mesmo nível humano, é capaz de resolver tarefas semelhantes às realizadas pelos seres humanos.
Ela aprende por meio de técnicas de machine learning, por exemplo, além de compreender e reagir a estímulos específicos. Ela pode ser aplicada a tarefas que não são executadas pela ANI, porém ainda não está no nível da inteligência humana.
A Inteligência Artificial Geral tem duas subdivisões:
- Máquinas cientes: enxergam o mundo e são capazes de compreender os estímulos recebidos para processar as informações;
- Máquinas autoconscientes: estas têm consciência de si mesmas e do mundo ao seu redor, facilitando a compreensão dos estímulos externos. Reage da mesma forma que um ser humano.
Talvez o principal exemplo de IA, que está no nosso dia a dia, são as assistentes pessoais virtuais. Seja a Siri, Cortana ou Alexa, elas funcionam nos celulares e auxiliam em tarefas básicas, como definir alarmes, lembrar compromissos, ligar para outros números, informar a previsão do tempo, etc.
Mas a IA também está presente em nossos celulares quando o assunto é entretenimento. Fora os aplicativos de celular, podemos contar os serviços de streaming, cinema e uma infinidade de aplicações incríveis na produção de conteúdo, com algoritmos tratando textos, imagens, áudio e vídeo.
No universo dos games também existe espaço onde a inteligência artificial está mudando a forma como jogamos. Com a chegada de acessórios como os óculos de realidade virtual, a imersão do usuário só aumenta, proporcionando experiências nunca antes vividas.
Outra tendência é a relação emergente entre a inteligência artificial e a internet das coisas (IoT). As duas são simples de implementar: aplicações de IoT podem ser implantadas de forma ágil trazendo resultados em curto espaço de tempo; da mesma forma, a inteligência artificial pode ser configurada de forma simples.
Elas se complementam. Os dados que a internet das coisas gera podem ser processados por um software de inteligência artificial, que otimiza a tomada de decisões e contribuirá com o aumento da agilidade dos processos.
Por exemplo, os sensores e atuadores conectados pela arquitetura da IoT coletam uma quantidade imensa de informações em tempo real, o que é impossível para um ser humano processar. Então, uma IA é acionada para explorar e analisar esses dados, a fim de tomar a melhor decisão possível.
Mas a inteligência artificial também está dentro das nossas casas. Os eletrodomésticos inteligentes crescem cada vez mais, formando as casas inteligentes. Por exemplo, uma cozinha integrada com dispensas que conversam com as geladeiras, evitando desperdício, entre outros tipos de automação.
Hoje, as luzes, câmeras e garagem de seu prédio talvez sejam o mais próximo que você tenha de experiência com este tipo de tecnologia, mas as assistentes de voz ganham cada vez mais espaço e sua máquina de lavar, por exemplo, toda programável, é sinal de que sua casa caminha para esta trend.
Também é importante salientar que a Inteligência Artificial é um dos principais pilares de uma cidade inteligente. Ela pode ser usada no sistema de segurança pública, como por exemplo no reconhecimento de padrões pelo sistema de monitoramento ou na iluminação pública.
Inteligência artificial na medicina
Muitos dos exames e diagnósticos sofisticados dependem da Inteligência Artificial para serem mais precisos. Além disso, tratamentos contra alguns tipos de câncer também se desenvolvem com a ajuda dela.
Um exemplo atual de Inteligência Artificial na medicina é a Stratasys, que anunciou uma mobilização global dos recursos e experiência em impressão 3D da empresa para ajudar no combate à pandemia atual da Covid-19.
Em resumo, a empresa tem o objetivo de fornecer milhares de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) descartáveis para os profissionais da saúde.
Inteligência artificial na educação
Uma das vantagens da IA é a capacidade de adaptação e de absorção do conteúdo. Suas aplicações são variadas, mas a influência da inteligência artificial na educação tem vantagens no ensino-aprendizagem.
A IA ajuda no desenvolvimento do ensino por vias mais fáceis, armazenando e processando dados complexos como uma ferramenta educacional excelente.
A IA também pode ser utilizada para entender padrões de aprendizagem e diagnosticar problemas que os alunos tenham nesse processo de estudo em sua individualidade. O modelo tradicional tem mais dificuldade de identificar uma pessoa com dislexia ou autismo, por exemplo.
A educação nas instituições de ensino precisa da disponibilização de tecnologias capazes de dialogar melhor com os estudantes.